Salvador confirma mais um caso da monkeypox

Salvador registrou mais um caso do vírus Monkeypox, conhecido como varíola dos macacos, nesta quinta-feira (4). Com isso, sobe para dez o número de casos da doença na capital baiana.

Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), mais 69 casos suspeitos estão em investigação na Bahia. Em todo o estado foram registrados 13 casos, sendo dez em Salvador, dois em Santo Antônio de Jesus e um em Ilhéus.

Os casos suspeitos estão no municípios de  Amargosa (01), Aratuípe (01), Barra (01), Caetité (1), Cairu (01), Camaçari (01), Camamu (01), Conceição do Coité (01), Conceição do Jacuípe (01), Cruz das Almas (01), Dias d’Ávila (01), Ibicaraí (03), Ilhéus (01), Itaberaba (03), Itapebi (01), Itiruçu (01), Jaguaripe (01), Jeremoabo (01), Juazeiro (01), Lauro de Freitas (02), Nazaré (01), Salvador (35), Santa Cruz Cabrália (01), Santa Cruz da Vitória (01), Santo Antônio de Jesus (01), São Sebastião o Passé (01), Serra do Ramalho (01), Ubaitaba (01), Vitoria da Conquista (01) e Xique-Xique (01).

Enfrentamento
O aumento no número de casos de monkeypox (varíola dos macacos) levou a Prefeitura de Salvador a criar um protocolo específico para lidar com a doença. A capital tem dez casos confirmados e 35 pacientes com suspeita de infecção. Os detalhes foram apresentados pelo secretário municipal de Saúde, Décio Martins, nesta quarta-feira (3).

O gestor explicou que o Município vai disponibilizar 28 unidades básicas de referência para atendimento e coleta laboratorial e 16 unidades de urgência e emergência para receber os pacientes com suspeita da doença. Décio frisou que o protocolo não deve causar pânico, o objetivo é servir como ferramenta de informação para a população.

“Os protocolos servem para orientar a população sobre quando procurar nossas unidades e quais cuidados adotar para evitar a disseminação da doença e para se proteger. O objetivo é informar as pessoas sobre quando procurar as unidades de saúde. Por enquanto, os casos têm sido leves e, dos nove, quatro já estão curados”, afirmou.

A monkeypox é uma doença viral. O paciente apresenta sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, linfonodos (nódulos no pescoço, axila e virilha), calafrios e exaustão, mas o principal indicativo é o aparecimento de erupções (bolhas) na pele, principalmente na boca e na genitália.

Quem apresentar os sintomas deve procurar uma das unidades de saúde. Nos casos suspeitos, o paciente deve ser isolado, inclusive do contato com a família, até que o resultado do exame fique pronto. A recomendação é procurar ajuda médica assim que notar o aparecimento das bolhas. Elas não devem ser estouradas e precisam ser higienizadas com água e sabão (confira mais abaixo).

O teste é feito através do recolhimento da secreção que sai das bolhas. Existem quatro laboratórios no Brasil que fazem a análise do material, e Salvador está referenciada com a unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O resultado é divulgado cerca de uma semana após a coleta.

Quando procurar uma das 44 unidades disponíveis em Salvador, o paciente será isolado das demais pessoas presentes no posto e fará a coleta do material. É importante que ele esteja de máscara, porque a transmissão acontece através das gotículas respiratórias e do contato com as feridas. Caso não esteja usando a proteção adequada, ele receberá uma na unidade. Os sintomas persistem de duas a quatro semanas, e o isolamento pode durar até 21 dias. As 44 unidades entrarão em operação a partir de segunda-feira (8), seguindo o protocolo divulgado agora.

Confira o passo a passo estabelecido pelo protocolo:

  1. Se você estiver com febre, dor de cabeça, dores musculares, linfonodos (nódulos no pescoço, axila e virilha), calafrios, exaustão e, principalmente, erupções (bolhas) na pele, procure uma das 44 unidades de saúde;
  2. Use máscara cirúrgica. Caso não tenha, no posto você receberá uma e ficará isolado dos outros pacientes;
  3. Um profissional de saúde fará a coleta da secreção que sai das bolhas e enviará para o laboratório, o resultado sai em cerca de uma semana;
  4. Enquanto não for descartada a doença é preciso ficar isolado, não compartilhar objetos, usar a medicação e fazer a higienização do local com água e sabão;
  5. Caso a doença seja descartada, pode voltar ao convívio. Caso seja confirmada, o isolamento pode durar 21 dias;
  6. Os sintomas desaparecem em até quatro semanas;

Veja as medidas preventivas:

  • Realizar atividades de educação e comunicação em saúde;
  • Lavar as mãos com água e sabão ou utilizar álcool a 70%;
  • Utilizar máscara cirúrgica de acordo com os protocolos;
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca;
  • Evitar contato físico próximo com as pessoas;
  • Reduzir o número de parceiros (as) sexuais;
  • Realizar etiqueta respiratória;
  • No caso de pessoas com Monkeypox manter isolamento domiciliar;
  • Deve-se evitar tocar nas feridas e levar as mãos à boca e/ou aos olhos;
  • Vesículas não devem ser rompidas;
  • Higienização da pele e das lesões podem ser realizadas com água e sabão;
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *