Um TBT de 8 de fevereiro de 2015, nunca foi tão atual…

Um TBT de 8 de fevereiro de 2015, nunca foi tão atual…
“se a gente com o trio não pula, a culpa é de quem manipula e não pula, o
carnaval”
(Armandinho & Moraes Moreira)
ONDE ESTÁ O ERRO?
Neste domingo (08) foi realizado no circuito Barra-Ondina um evento momesco
denominado de “furdunço”. Segundo cálculos dos organizadores e da PM,
aproximadamente cem mil foliões participaram da festa. Eu mesmo
acompanhei as reportagens dos jornais pela manhã e as emissoras de TV
foram unânimes em afirmar que a festa transcorreu na mais perfeita ordem
sem nenhuma nota dissonante digna de registro. Assisti também várias famílias
presentes, pais com seus filhos e filhas sendo conduzidas no pescoço, cena
inimaginável durante o carnaval em si, mas qual é a diferença? O palco foi o
mesmo (o circuito Barra – Ondina); as atrações também (cerca de 26 entre
trios e blocos de percussão); o público idem, enfim o que diferiu o “furdunço” do
carnaval propriamente dito? Irei ousar em emitir minha modesta opinião, aliás
tese que defendo há anos… A diferença está nas cordas! Não houve cordas
segregadoras e promotoras do apartheid social onde quem paga tem privilégios
e quem está de fora das cordas fica espremido entre as paredes dos prédios e
a sanha psicótica de alguns “cordeiros” que não hesitam em agredir
violentamente os foliões que porventura esbarrem neles. Não estou pregando a
extinção dos blocos, de forma alguma, todavia penso que o carnaval de
Salvador deva ser “reformatado”, que se estudem espaços alternativos onde o
povo possa brincar à vontade sem opressão e violência. Para corroborar minha
teoria deixo o exemplo do carnaval do pelourinho que sempre transcorre de
forma ordeira e pacífica.
Cláudio Costa
(Mercador da própria ignorância)

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