NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, PORTAL ENTREVISTA CAROLINA MACEDO, ADVOGADA CRIMINALISTA DE LAURO DE FREITAS
O Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia 8 de março, uma data que simboliza a luta de todas as mulheres que num âmbito majoritariamente patriarcal e machista ainda sofrem com a discriminação, desigualdade salarial e a violência. Pensando nisso, o Portal Aghora News, entrevistou Carolina Santiago Macedo (39), uma moradora do município de Lauro de Freitas. Mulher, mãe e advogada que atua na defesa de detentos movida pela justiça e por acreditar que todos têm o direito a uma segunda chance.
Especialista em direito médico e criminalista, Carolina está há cerca de quatro anos a frente desta profissão: “Sempre tive como paixão defender pessoas independente do nível profissional ou social. Não é uma jornada fácil, muito estudo, muitas noites em claro, audiências, sorrisos e lágrimas”. Relatou.
Questionada sobre o preconceito existente por ser mulher e atuar numa área onde o machismo ainda é bastante predominante, Carolina conta que ainda sofre discriminação. ” Ao chegar em algum órgão público como delegacias, me perguntam: “Ah, a sra é mesmo advogada do acusado? tem mais alguém com você ?” De acordo com a advogada, o preconceito muitas vezes parte do meio familiar. “Já ouvi frases do tipo: ‘fulano vai fazer direito, mas não vai pra porta de delegacia e presídio, vão mandar te matar, essas pessoas não deveriam nem existir!’. aquilo me marcou muito e doeu, pois somos todos seres humanos”. Lamentou.
Além da labuta diária, a advogada ainda conta com uma rotina frenética e exerce dois papéis que para grande parte das mulheres são muito difíceis de conciliar: o de ser mãe e trabalhar fora. Mãe de David de 4 anos, sua rotina começa às seis da manhã. “Levo meu filho pra escola e depois vou prestar atendimento nos presídios ou vou encontrar com algum cliente. Final da tarde pego meu filho e quando ele dorme vou estudar, me atualizar ou tratar de alguma demanda urgente. Sou filha única, separada e meus pais moram longe e assim, sigo com a minha missão que é defender pessoas e lhes dar uma nova oportunidade”. Finalizou.
A história de Carolina é uma história de lutas e batalhas, assim como a de muitas mulheres do mundo todo, que nesse espírito de luta e da força de seus instintos, reside o poder único de ser mulher.
Da Redação Aghora News