RPPNS CONTRIBUEM PARA A PRESERVAÇÃO DA FAUNA E FLORA SILVESTRES

21/09/2021

Unidades de conservação abrigam espécies comuns, raras, ameaçadas de extinção e outras ainda desconhecidas pela ciência

Celebrado nesta terça-feira, 21, o Dia da Árvore chama atenção para a necessidade de proteção das florestas. Importantes aliadas, neste sentido, são as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). “A RPPN é um poderoso instrumento de conservação da biodiversidade e implantação de unidades de conservação do Estado. E uma ótima notícia é que, nos meses de agosto e setembro, sete RPPNs foram criadas com publicação de portaria, totalizando 202 hectares do bioma Caatinga e 1.471,56 hectares (ha) de Mata Atlântica, definitivamente instituídas para preservação”, informa Márcia Teles, secretária do Meio Ambiente da Bahia e diretora-geral do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Dentre as áreas criadas, duas pertencem à Bracell – companhia que faz parte do grupo RGE, que gerencia empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais. São elas: a Falcão, que é a maior já reconhecida pela gestão estadual na Bahia, com 937,3177 ha, e a Japurá, com 534,2476 ha, ambas em Esplanada, no Litoral Norte.

Meryellen Oliveira, coordenadora de Meio Ambiente e Certificações da Bracell, destaca que as novas RPPNs se somam a outras duas áreas da empresa aprovadas pelo Governo Federal, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na mesma região: a Lontra, a maior área de conservação privada do Litoral Norte, com 1.377 hectares, e a Pedra de São José, em Mata de São João.

Localizada entre os municípios de Entre Rios e Itanagra, a RPPN Lontra é reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como único Posto Avançado da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica de propriedade de uma empresa.

Esse espaço natural abriga 378 espécies da flora silvestre, 264 espécies de aves, 75 de anfíbios, 57 de cobras e lagartos e 38 de mamíferos. Dentre elas, algumas espécies raras e ameaçadas de extinção, como a surucucu pico-de-jaca (Lachesis muta), que é a maior serpente peçonhenta das Américas, e a palmeira-juçara (Euterpe edulis). A reserva também é certificada, pelo Inema, como Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas).

“Os benefícios socioambientais gerados pelas RPPNs são a garantia de perpetuidade da área natural e a proteção de espécies e seus habitats, além da formação de corredores ecológicos em alguns casos”, reforça Meryellen, acrescentando que as reservas ajudam contribuem ainda para a valorização econômica e social da diversidade biológica.

Além das reservas já criadas, outras áreas naturais devem ser criadas pelo Estado, como salienta a secretária estadual de Meio Ambiente: “Em um esforço conjunto da Sema e do Inema, está em andamento a conclusão dos processos de reconhecimento de 34 Reservas Particulares do Patrimônios Natural no Estado da Bahia.”

Dentro do processo de tramitação para reconhecimento estão oito RPPNs da Bracell Bahia: a Lua Alta (605 ha) e Jaboticaba (198 ha), no município do Conde; a Subaumirim Gleba A (1.607 ha), Subaumirim Gleba B (107 ha), Subaumirim Gleba C (632 ha) e Cachoeira (529 ha), em Entre Rios; e a Raiz Gleba A (678 ha) e Raiz Gleba B (731 ha), em Água Fria. Ao todo, a Bracell preserva aproximadamente 40% do total da vegetação nativa em suas propriedades no estado.

Da Redação do Aghora News

(VIA: ATcom)

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