Queridinho entre jovens, cigarro eletrônico traz riscos ao coração e pulmão
Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), também conhecidos como cigarros eletrônicos, vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outros, têm a comercialização, importação e propaganda proibidas no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. No entanto, cada vez mais o produto ganha mercado e consumidores, principalmente, entre os jovens.
Desde 2003, quando foram criados, tais produtos passaram por diversas gerações: os produtos descartáveis, de uso único; os produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém em sua maioria propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; os produtos de tabaco aquecido, que têm um dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; os sistema “pods”, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham à pen drives, dentre outros. Tanta oferta e mudança, que até uma cartilha foi lançada para que todos possam ter mais informação:
O médico angiologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular e coordenador de cirurgia vascular do Hospital Biocor, Josualdo Euzébio, enfatiza que o cigarro eletrônio é pior do que o tradicional: “No cigarro eletrônico, além dos riscos da nicotina e de outras substâncias, ele tem também a substância ultraprocessada e forma micropartículas partículas com maior penetração no pulmão causando mais riscos que o convencional e para a saúde cardiovascular. È muito danoso, em consequência, é mais nocivo para o pulmão.”
Para Josualdo Euzébio, é preciso desencorajar o uso de qualquer tipo de cigarro, porque todo cigarro é nocivo. “No caso do cigarro eletrônico, ele está sendo muito usado entre os jovens, por ser mais moderno, mas seus riscos são fortes, até maiores que os convencionais. Portanto, o uso de qualquer tipo de cigarro seja eletrônico ou não deve ser desestimulado. Os jovens o acham moderno, mais ‘bonito’ e vê o cigarro eletrônico como algo chique e promove status. Por isso, atrai mais a população jovem do que aos adultos.”